O pequeno João, minguando faminto, se colocou a caminho da cidade para vender ou trocar a vaca da família, que já estava velhinha. Já entrando em Touro, encontrou um senhor que fez a proposta estranha e sedutora: a vaca por cinco feijões mágicos. Hesitou por um segundo, mas aquele senhor inspirava muita nobreza com seu olhar calmo, e ainda assegurou que devolveria a Malhada caso os grãos não fossem realmente mágicos.
Sua mãe, quando soube, perplexa com tamanha ingenuidade, jogou os feijões pela janela e foi pro quarto chorar, sem saber o que seria deles a partir de então.
Na manhã seguinte, mal pôde acreditar quando viu os pés de feijão. Estavam gigantescos, e João trepado num deles, já fazendo a primeira colheita de vagens maiores que ele mesmo.
Comeram feijões cozidos, medalhões de feijão, feijões recheados, feijões à pururuca, e para sempre ninguém mais perguntou “E as proteína?”
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