Podemos pensar na palavra Começo, hoje, em muitos níveis. Aquele, primeiríssimo, cosmogônico. Do fundo do céu, um ponto de potência cardinal, que se desenvolve e se nutre em si mesmo. A Lua, fértil e discreta, portanto segura.
Porém a única lei que não muda é a que enuncia que tudo muda. Mesmo a fertilidade aparentemente satisfeita da Lua em Câncer (aparentemente pois cardinal) é tensionada pela urgência. Júpiter, exaltado e quadrado pelos luminares, escancara a necessidade de abrir as conchinhas e liberar o broto.
O começo de hoje tem a cara do broto. A cara tenra e o corpo forte têm o entusiasmo destemido inspirado por Marte domiciliado e Júpiter, ambos no ascendente.
Esse corpo conta com a certeza de que tem onde pisar, assegurada pelos luminares angulares, na casa da Lua. Lá de onde a memória individual parece nem alcançar.
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