A manhã dessa segunda-feira iniciou o ciclo de Gêmeos, que de um lado toca o corpo e os afetos — a Lua é regente do Ascendente, a casa 1 do mapa —e do outro lado, Mercúrio, dispositor dos luminares, está na casa 11, das comunidades, o entorno do corpo, regida por Vênus domiciliada no signo do Touro. Deste lugar vem a comunicação. Ali Mercúrio constrói o conhecimento a partir dos sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato. Do conhecimento criado cresce nossa sensação de poder, e essa sensação de poder é o que fica estampado no alto dos mapas. Hoje, Júpiter e Marte em Áries. Poder pra caralho! Pra criar, pra destruir, nem sempre dá pra saber a diferença.
Voltando ao processo de criação de conhecimento, à palavra. Que não deixam de ser ensaios de dar forma à realidade, dar limites. Mas uma coisa não é seu nome. Sempre fica algo que escapa da palavra. A casa 9 tem muito desse algo que escapa, a 12 também.
Hoje os luminares se encontram na casa 12. O corpo, como já disse, por causa da Lua, sente. É desagradável, talvez. Mercúrio, dispositor da lunação, em conjunção com a estrela Algol, pode sugerir que perdemos a cabeça com tanta tagarelice e, perdemos contato com a realidade sensível, percebida pelo corpo todo, porque a cabeça está separada, no burburinho de conhecimentos e opiniões e agenda e notificações e... e....
Retrógrado, Mercúrio vai em direção a Vênus, exalta a Lua, quer corpo, quer se lembrar da relação entre nome e coisa.
A gente respeita a casa 12, lembra que no dito há o indizível, o que a palavra não consegue dar conta. Então não perca a cabeça, vai brincar com a comida, convocando os sentidos.
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