Assim que chegar em casa, a Lua fará um trígono com Mercúrio, o significador da mente racional. A Lua é significadora do corpo, dos seus líquidos, seus humores. Quando Mercúrio e Lua fazem aspecto há uma conversa entre esses dois modos de perceber o mundo. Facilita. Ainda que fosse um aspecto tenso.
Meu mapa natal mostra Mercúrio e Lua de frente um pro outro, em treta declarada, uma oposição partil, mas em relação à comida acontece uma coisa muito legal.
Mesmo quando comia carne, nunca gostei de fígado. Mas vez ou outra acordava com uma vontade absurda de fígado. Eu obedeço, pode ser o corpo avisando, através da vontade, que há falta de algum nutriente. Comprava a disgrama do fígado, cortava ainda mais fino, empanava, enchia de molho inglês, catchup, cebola, pimenta, o que tivesse, convidava um apreciador da iguaria pra comer junto e pronto.
Então, já vegetariana, perdi muito sangue em uma cirurgia, o que levou a um começo de anemia. Tinha que ingerir bastantes alimentos ricos em ferro. A médica foi listando: beterraba, todas as verduras de verde bem escuro, melado, leguminosas... Quem anotou isso tudo? Mercúrio.
Fiquei boa bem rápido e nunca mais tive surto de comer fígado. Notei anos depois. O que mudou foi essa chave mercurial. Em algum momento, no colégio, ou em casa, aprendi que fonte de ferro era aquela lá, e apenas com a atualização dessa informação mudou algo do corpo, na vontade. Gosto. Gosto muito.
Hoje, com essa Lua memória forte em casa, no ascendcente/corpo do mapa da lunação, conversando abertamente com Mercúrio mutável, parece um bom momento pra questionar algumas crenças, buscar na memória outras para nutrir outras com mais informações. Imagina se a até hoje a gente tivesse medo de manga com leite.
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