11 fevereiro 2021

Menu-lunação: Aquário

Batatas doces nas caixas pretas 

Hambúrguer da casa oito 

Pimenta de cheiro de Marte em Touro 

Salada de agrião 

Molho de abacate, tahine e ervilhas



        Quem tem o hábito de acompanhar os movimentos do Céu percebeu a formação da aglomeração que a gente flagra agora com a entrada também da Lua no signo de Aquário. Todo mundo escondido no banheiro. Vistos somente por Marte. 

        Escondidos é modo de dizer, porque a casa 8, local da reunião, é uma casa de extrema privacidade. Porque ela não faz nenhum dos aspectos ptolomaicos (ângulos de 60°, 90°, 120° ou 180°) com o Ascendente, portanto considera-se que esses pontos não se vêem. Como o Ascendente é a porta de entrada do mapa, a 8 fica escondidinha pra quem chega.

        A Astrologia Horária dá uma boa imagem quando olha para o mapa como se fosse uma casa. Essa é uma modalidade da Astrologia que responde perguntas muito pontuais, e se por exemplo a pergunta é “onde está a tesoura?”, o mapa representa a casa do consulente e cada uma das 12 casas é um cômodo. A casa 8 é o banheiro, cômodo sem visão a partir da entrada, lugar onde a gente quer solitude, sossego, porta com chave e a sensação de proteção dos perigos do mundo. É ali que a gente vai se haver com nosso descarte, a finalização dos processos digestivos, e onde no banho a gente se livra dos resíduos do exterior. No que vai além disso, é cada um com seu banheiro. 

        Podemos levar esses conceitos a outros âmbitos. Em linhas gerais a 8 tem o peso do segredo, do descarte e da morte. 

        Não pretendo, com essa introdução, boicotar apetites, também não vou sugerir que busquemos algo do lixo, nem do abatedouro. 

        Nosso menu será guiado pelo predicado segredo. 

        Há, sim, escolhi um ingrediente ilustrativo do Hades: o cogumelo. Não sei você mas eu, se chegar no Hades e não tiver cogumelos nascendo de frestas e sombras, sinceramente, vou pedir meu dinheiro de volta.


Segredo

“Não existe luz na caixa preta.” 


        Em 1983 o filósofo Vilém Flusser publicou "Filosofia da Caixa Preta - Ensaios para uma futura filosofia da fotografia" onde ele apresenta algumas possibilidades de olhar o mundo através da linguagem. 


1. imagem 

        Uma imagem é a possibilidade que temos de sair do mundo e vê-lo de fora, como Ganimedes que, vivendo no Olimpo, vê a nossa sociedade lá de longe.

        Então imagens são tipos de mapas, fazendo nossa mediação com o mundo. 

        Flusser alerta que “é preciso não barrar o mundo com a imagem, não torná-la objeto de idolatria”, coisa que periga acontecer por exemplo quando você olha muito de perto uma conjunção de Vênus com Júpiter e se perde nela. Aquário não exalta ninguém mas é um signo fixo. Não subestime suas ciladas.

        Aquário é um signo Sanguíneo, o temperamento que corresponde ao elemento Ar, das ideias, das trocas; lembra da explicação da Luísa Nucada no texto da lunação anterior? 

        Lemos em A filosofia da caixa preta: 

        “Ao vaguear pela superfície, o olhar vai estabelecendo relações temporais entre os elementos da imagem: um elemento é visto após o outro. O vaguear do olhar é circular: tende a voltar para contemplar elementos já vistos. Assim, o ‘antes’ se torna ‘depois’, e o ‘depois’ se torna o ‘antes’. O tempo projetado pelo olhar sobre a imagem é o eterno retorno. O olhar diacronia a sincronicidade imaginística por ciclos.

        Ao circular pela superfície, o olhar tende a voltar sempre para elementos preferenciais. Tais elementos passam a ser centrais, portadores preferenciais do significado. Deste modo, o olhar vai estabelecendo relações significativas.” 


        “No tempo linear, o nascer do sol é a causa do canto do galo; no circular, o canto do galo dá significado ao nascer do sol.”


2. escrita 

        Então a humanidade inventou a escrita, que abre as imagens e as explica racionalmente. E as coisas começam a ser organizadas linearmente, dando origem à História.

        Isso tudo vem da ânfora que o aguadeiro carrega, e que leva o conhecimento que ele deixa, lá de cima, jorrar para nós. 


3. imagens técnicas 

        Recentemente a humanidade trouxe a imagem técnica e com ela não é diferente. Nela o mundo é apreendido por um código e então tornado imagem. Por exemplo a fotografia. Foi considerada irrefutável prova da realidade pois aparentemente não há subjetividade humana na confecção da imagem, tão flagrante na pintura ou no desenho — ah, o gesto único. 

        “Vistas ingenuamente, [as fotografias] significam cenas que se imprimiram automaticamente sobre superfícies.” É como se o fotógrafo pairasse sobre o mundo, como Ganimedes, e daí extraísse um instantâneo da verdade. 

        Um instantâneo. O signo fixo de Saturno. “A intenção é a de eternizar seus conceitos em forma de imagens acessíveis a outros, a fim de se eternizar nos outros.”


        Por pura gula trouxe mais dois apontamentos do Flusser que me soam bastante aquarianos: 

        1. no momento em que o fotógrafo se afasta ele percebe que em cada evento há inúmeros pontos de vista, “nenhum deles é correto, o que você pode fazer é multiplicar pontos de vista”. 

        2. “Na fotografia, a informação está na superfície e pode ser reproduzida em outras superfícies, tão pouco valorosas quanto as primeiras. A distribuição da fotografia ilustra, pois, a decadência do conceito propriedade” O poder é de quem tem a informação.


Enfim o segredo 

“Toda caixa preta foi projetada para não ser acessada.” 

        Porque a imagem é processada por um aparelho, algo dele nos escapa, “o complexo ‘aparelho-operador’ é demasiadamente complicado para que possa ser penetrado: é caixa preta e o que se vê é apenas o input e o output.” 

        “Aparelhos são caixas pretas que simulam o pensamento humano, graças a teorias científicas, as quais, como o pensamento humano, permutam símbolos contidos em sua ‘memória’, em seu programa. Caixas pretas que brincam de pensar.” 

        “O aspecto duro (hardware) dos aparelhos vai se tornando sempre mais barato e já existem aparelhos praticamente gratuitos. É o aspecto mole, impalpável e simbólico o verdadeiro portador de valor no mundo pós-industrial dos aparelhos.”


Chegando na cozinha 

A casa 8 também trata de decisões 

        “Toda vez que o fotógrafo esbarra contra barreiras, se detém, para depois decidir em que região do tempo e do espaço vai saltar a partir deste ponto. Tal parada e subsequente decisão se manifestam por manipulação determinada do aparelho. Esse tipo de procura tem nome: dúvida. Mas não se trata de dúvida científica, nem existencial, nem religiosa. É dúvida de tipo novo, que mói a hesitação e as decisões em grãos de areia. Sendo tal dúvida uma característica de toda existência pós-industrial, merece ser examinada mais de perto. Toda vez que o fotógrafo esbarra contra um limite de determinada categoria fotográfica, hesita, porque está descobrindo que há outros pontos de vista disponíveis no programa.”

        Quem cozinha também se vê frente a esse tipo de dúvida. As possibilidades básicas já não são poucas e surgem ainda novas formas de cozimento, como a cozinha orto-molecular, a cozinha laboratório. 

        Não precisamos ir longe, além do efeito do calor e umidade/secura, muitas outras transformações secretíssimas acontecem nos nossos ingredientes quando o manipulamos. 

        Muita coisa dá pra conhecer, por exemplo na série The Food Lab (aqui um vídeo sobre ferver água), ou O que Einstein disse a seu cozinheiro livros do químico Robert L. Wolke.

        Esses exemplos nos permitem olhar pelo buraco da fechadura mas em geral a gente não costuma pensar no que faz o cozimento acontecer. Quem tem mais experiência de cozinha tem noção do que querem e de como conseguir, sabe a diferença do resultado entre assar e cozinhar mas o forno, ou a panela, continua sendo uma caixa preta: ali entra o alimento cru — input, dali sai o alimento assado — output.

        Para testar caixas pretas, o mesmo ingrediente em caixas pretas diferentes. O ingrediente: batata doce, filha da conjunção de Vênus e Júpiter. 

        Em mais uma espiada sem querer pela fechadura, descobri (neste vídeo) que a batata doce no processador “gera muito amido”. Não sei se o termo é correto mas, de novo, tratamos do input — colocar a batata no processador — e no output — e usufruir da mágica. Este pode mesmo ser um motivo pelo qual algumas expressões culinárias soem muito imprecisas. 

        A receita de croquete apresentada no vídeo, aliás, toca mais um tema pertinente à casa oito: Mercúrio em Aquário lembra da máxima "É melhor não saber como são feitas as leis e as salsichas". Serve também a proteína de soja texturizada. 

        O quitute não entrou no menu da lunação mas pra quem quiser dar esse tom mais sinistro um ultraprocessado o croquete com pts faz bastante sentido.

        Minha primeira ideia foi propor vários preparos simples de batata doce: assada inteira com casca, assada em pedaços, cozida na água, cozinha ao vapor, frita em palitos, batata palha mas batata doce não é exatamente leve como ar, então considerei a leseira de Marte, que exilado em Touro ainda recebe quadratura de ambas as suas dispositoras, Vênus e Lua, planetas que tratam do corpo, da preguiça e da gostosura. Pois, para não maltratar o comensal nem quem vai arrumar a cozinha depois, fiz uma escolha. Mas segue como sugestão abrir o leque para os mais bem dispostos. Vamos assar uma batata inteira com casca, outra cozinharemos no vapor e outra faremos com a combinação de cozinhar + assar + ciência (vulgo segredinho). 

        A batata doce também pode ser sobremesa. Experimente servir com melado de cana.

        Também faremos nosso próprio processado: um hambúrguer com muitas camadas de sabores que nos levam cada vez mais pro fundo, como fez a Lua na sua caminhada, tendo passado recentemente por todos, inclusive Marte — por aspecto. Os sabores se confundem no segredo, o cogumelo traz o umami, os temperos criam novos degraus de descida; você começa pelos familiares alho e cebola, então desce mais um, o cominho, outro degrau, coentro em pó, mais um na pimenta caiena, desce dois no za’atar e bate num alçapão: 7-spice libanesa! Se você não quiser abrir esse alçapão de casa 8 imagino que fique bom também. Confesso: eu não coloquei gengibre, um dos 7 sabores, também não coloquei za’atar e mesmo assim ficou muito interessante.

        Marte estará na nossa refeição como pimenta de cheiro. Melhor ainda se vocês fizerem como eu fiz sem querer, que comprei as pimentas inteiras em uma garrafinha bonita e foi um verdadeiro estorvo tirar as bichinhas lá de dentro. Debilidade (característica do planeta exilado), paciência e muita morosidade. Recomendo fortemente.


        Salada de agrião. Aquário representa a solidez do inverno mítico mas no hemisfério sul estamos no forno do verão e precisamos ser coerentes com nosso ambiente. Então teremos salada hidratante — porém sem perder a gravidade. O sabor do agrião contrasta muito bem com a batata doce e como nossa pimenta não é forte, fica tudo levemente picante, sem agressividade. A crônica de onde veio a receita também traz uma imagem (a contar do ponto de vista da autora) do Saturno que acabou de passar de Capricórnio para Aquário onde ganha a leveza e umidade do elemento Ar, sem deixar de ser Saturno.

        Saturno foi recentemente tocado por Vênus e Júpiter. Mas a casa é dele e por isso mesmo os benéficos tem característica mais dura. O bulbo da erva doce por exemplo tem uma estrutura bem firme, quando ela fica mais velha chega a ser excessivamente fibrosa para o consumo.


        O molho de abacate e tahine, temperadinho, puxa para a mesa a característica de imagem acima. Encontro de Júpiter e Vênus no domicílio diurno de Saturno, o abacate untuoso, generoso e sua atenção circula entre pedacinho de hortelã, no peso do tahine, discreto e também discreto o Mercúrio-ervilhas mimetizados no verde coletivo.


Morte 

        A casa 8 é a casa da Morte.

        A batata doce nasce escondida e se alimenta dos nutrientes que resultam da decomposição operada também por fungos (representados aqui pelo nosso cogumelo).

        É assim que esse menu vai tratar da morte. Como ciclo de retroalimentação contínuo, como sugere a própria imagem do número 8, a lemniscata, símbolo do infinito. 

        Para reforçar a imagem de ciclo Deméter recomenda que as lentilhas da refeição sejam germinadas portanto, comece essa parte com uns dois dias de antecedência.

        


Notas 

Todas as citações do texto são do livro 

FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta. São Paulo: Hucitec, 1985 


Receitas de: 

HAGE, Salma. The Middle Eastern Vegetarian Cookbook. Londres: Phaidon Press Inc, 2019 

ORRICO, Bettina. Os jantares que não dei. São Paulo: BEI Comunicação, 2009 (da Bettina Orrico é a salada de agrião)



Menu 

Batatas doces nas caixas pretas 

Hambúrguer da casa oito 

Pimenta de cheiro de Marte em Touro 

Salada de agrião 

Molho de abacate, tahine e ervilhas



BATATAS NAS CAIXAS PRETAS 

Assada 

Escolha as batatas mais finas para assar, para que não demore toda a eternidade de Saturno. Você pode besuntar com óleo e embrulhar em papel alumínio ou simplesmente colocar inteira no forno. Com casca, nos dois casos. E paciência. 


Cozida a vapor 

Este preparo é bem rápido. Deixe por um dos últimos. 

Ferva água na panela de vapor. 

Descasque as batatas, corte em fatias de meio centímetro de espessura e cozinhe por 15 minutos neste ambiente quente e úmido como o signo de Aquário.


Assada + cozida + ciência (vulgo segredinho)

Deste vídeo, mas sem os temperos porque já os temos no restante da refeição. Descasque as batatas e corte em bocados. Não corte em pedaços muito pequenos porque além da casquinha super crocante queremos um interior suculento. Cozinhe em água com bicarbonato de sódio ou fermento químico. Entre ½ cc e 1 cc por batata. 

O bicarbonato desgasta a superfície da batata tornando-a áspera, assim, aumentando ainda mais a superfície que vai agarrar o azeite e ficar crocantíssima. 

Cozinhe até que fique al dente. 

Aqueça o forno a 230°C. 

Escorra as batatas, deixe uns minutos no escorredor para que o vapor dissipe e as batatas fiquem mais secas. 

Besunte com bastante azeite, tempere com sal e leve ao forno quente. 

Depois de 20 minutos, vire, deixe mais uns 20 minutos ou até que estejam bem douradas.



HAMBÚRGUER DA CASA OITO 

150g lentilha (¾ xíc) 

5 dentes de alho (um deles inteiro) 

2cc azeite 

2 cebolas picadas 

½ cc 7-spice 

½ cc cominho em pó 

½ cc coentro em pó 

½ cc caiena 

1cc za’atar 

250g cogumelo 

2 cS salsinha picada 

100g amêndoas picada 

4 cS farinha de rosca ou pão picado 

12 damascos picados 

Sal e pimenta


Sugestão: germilnar a lentilha. Uns dois dias antes, deixe a lentilha de molho em água abundante. Eu costumo deixar durante a noite. Na manhã seguinte escorra e mantenha na peneira, coberta com um pano. Lave duas ou três vezes ao dia. Logo você verá um narizinho em cada uma; a partir disso está pronta mas pode deixar o broto mais compridinho. O processo também pode ser feito todo no vidro como mostrado neste vídeo

Para preparar os hambúrgueres cozinhe a lentilha com um dente inteiro de alho, deixe-a bem macia.

Enquanto isso aqueça um fio de óleo em fogo médio/baixo e refogue a cebola. Adicione o alho e poucos minutos depois as especiarias. Quando esse refogado estiver dourado e cheiroso adicione o cogumelo e a salsinha. Refogue por 10 minutos e deixe esfriar. 

Amasse com um garfo ou com as mãos. Não é preciso deixar homogênea mas que se aproxime de uma massa. 

Em uma tigela misture as amêndoas picadas grosseiramente, o pão picado, os damascos picados, o refogado de cogumelo e a lentilha. 

Ajuste sal e pimenta. 

Modele os hambúrgueres. Se quiser deixe-os descansarem na geladeira. Os que não forem consumidos nessa refeição podem ser congelados neste estágio.

Aqueça uma frigideira com óleo de girassol e frite os hambúrgueres.


7-SPICE LIBANESA 

Pra preparar num potinho, usaremos apenas um tantinho da massala. Ajuste como preferir, este é o tipo de receita que muda de família para família. 

6cc pimenta jamaica moída 

3 ½ cc pimenta do reino 

3 ½ cc canela em pó 

5 cc cravo em pó 

4 cc noz moscada 

4 cc feno grego moído 

4 cc gengibre em pó


SALADA DE AGRIÃO 

1 erva doce cortada em fatias bem finas 

1 cS alho poró bem picado (apenas a parte branca) 

⅓ xic azeite 

3 xicaras de agrião, lavado, seco e sem os talos 

Sal e pimenta do reino a gosto 

Misture a erva-doce e o alho-poró com o azeite. Adicione o sal e pimenta do reino. Adicione o agrião e misture delicadamente. 

Rend 4 porções


MOLHO DE ABACATE COM TAHINE E ERVILHA 

1 abacate maduro 

½ xíc ervilhas congeladas 

2 cS tahin 

Suco de 1 limão 

1 dente de alho 

½ cc sementes de cominho tostadas 

Sal e pimenta 

Um macinho de hortelã 


Um punhado semente de girassol tostada Cozinhar a ervilha por 3 minutos e então passe rapidamente por água gelada. Processar tudo exceto a semente de girassol. Ajustar o tempero. Servir salpicada com a semente de girassol.



LISTA DE COMPRAS 

Feira: 

Batata doce (pelo menos 3 un) 

6 dentes de alho 

2 cebolas 

250g cogumelo 

2 cS salsinha picada 

Agrião

Erva-doce em bulbo 

Alho poró 

1 abacate maduro 

1 limão 

Um macinho de hortelã 

Secos e molhados:

150g lentilha (¾ xíc) 

4 cS farinha de rosca ou pão picado 

12 damascos secos 

Óleo de girassol 

Azeite de oliva 

½ xíc ervilhas congeladas 

2 cS tahine 

Pimenta de cheiro 

Melado de cana (opcional) 

Um punhado semente de girassol 

100g amêndoas picada 

6cc pimenta jamaica moída 

3 ½ cc pimenta do reino 

3 ½ cc canela em pó 

5 cc cravo em pó 

4 cc noz moscada 

4 cc feno grego moído 

4 cc gengibre em pó 

½ cc cominho em pó 

½ cc coentro em pó 

½ cc caiena 

1cc za’atar 

½ cc sementes de cominho




ORRICO, Bettina. Os jantares que não dei.



[texto enviado na data da lunação para apoiadores, publicado aqui em 15/12/24]

 


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