Mercúrio se coloca na frente do Sol e é como se ele mesmo se tornasse a fonte de luz.
Daí a gente lembra que a escrita da luz é a fotografia.
No ampliador fotográfico acontece algo semelhante: o negativo (já queimado/combusto no momento em que você abriu o obturador da sua câmera) é colocado entre a lâmpada e o papel onde a luz é projetada. A luz que o negativo deixa passar queima o papel fotográfico resultando nas partes escuras; onde a luz não chega o papel não queima e ele permanece branco.
Na época em que frequentei um laboratório, fiquei obcecada em guardar no bolso tudo que encontrava pelo caminho - e na cozinha, certamente -, pra colocar no ampliador naquele lugar do negativo. Embalagens, folhinhas, sementes, um corpinho com alguma transparência e principalmente casquinhas. Tudo poderia ter uma imagem secreta esperando para ser ampliada pela técnica.
Na exposição que fiz com essas imagens, em que objetos de alguns poucos centímetros ganham grandes proporções (algumas com 1m) , eu me sentia uma visitante, também descobrindo tantas novas imagens reveladas.
Nesse fotograma, a asa (?) da imagem é a pele de um gomo de mexirica.
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Bom domingo de Sol-Mercúrio. Olhe em volta.
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25 outubro 2020
Mercúrio cazimi
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