A Spica constelada no céu lembra que a excelência é uma busca e um esforço. Os processos devem ser repetidos, analisados e melhorados. Lembra o respeito aos ciclos: literal ou metaforicamente você deve preparar o solo; só então você pode semear. Certamente você deve acompanhar todo o desenvolvimento da planta, não deixá-la ao léu! Quando chegar o momento você deve colher o grão, mais uma vez selecionar o grão, separar o será semente para o próximo ciclo, secar outra parte; este grão, seco, você deve reidratar, deixá-lo esparramado em uma camada uniforme e bem arejada para que comece a germinar - isso é malte -, secar o grão de novo, triturar o grão, fermentá-lo com água, obtendo um caldo denso. Ferver esse caldo de modo que evapore apenas a substância muito fina completamente livre de resíduos. Recuperar esse vapor angelical fazendo-o condensar em uma tubulação, que desemboca em um barril, coletando assim apenas o espírito do caldo, a água da vida. A que faz arder.
Agora sim, saindo do alambique vai descansar e maturar. A cor e os sabores da bebida final não vêm do espírito e sim do contato com o corpo do barril das condições de temperatura e umidade. É com história e cicatriz, e com Tempo, claro, que o espírito se faz uísque.
Você toma o primeiro gole: tsss! O álcool ativa os receptores de dor da sua língua. Os receptores te avisam: isso é veneno!
O que você faz? Olha de frente pra Marte, de quadra pra Saturno e Jupiter, e toma o segundo. Também somos maturados em contatos, ciclos e cicatrizes.⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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