Ele disse: olhe em volta, veja o que é invisível nas imagens e nas coisas do mundo. Agora ela tem em mãos uma ervilha, e ela vê o invisível. Que bonito pra uma Vênus mercurial: ela vê a perfeição. Na superfície da esfera dos os pontos estão equidistantes do centro, não há ponto de tensão. Buscar por simetria na esfera chega a ser engraçado. É nisso ela está pensando quando ouve Mercúrio chamar. Ela entra em Libra com a cumbuca de ervilhas nas mãos.
Mas mudam-se os signos, mudam-se os parâmetros de perfeição. Mercúrio venusiano foi recém abençoado — e, como esquecer? combusto — pelo Sol no fleumático Escorpião. Portanto assim que vê as ervilhas o que percebe é a sua cor.
Cor é emoção.
O pintor Kandinsky escreveu, em O espiritual na arte, “O verde é o ponto ideal de equilíbrio da mistura dessas duas cores diametralmente opostas e em tudo diferentes [amarelo e azul]. Os movimentos horizontais anulam-se. Assim como se anulam os movimentos excêntricos e concêntricos. Tudo fica em repouso.”
Existem verdes com bastante azuis, chegando no ciano, e existem verdes amarelíssimos, estridentes. Mas não nas ervilhas!
Se colocado em um prato da Balança o amarelo do verde erviliano e no outro o azul, o resultado é o Equilíbrio que a Vênus venusiana mostra agora.
Kandinsky continua: “Mas o amarelo e o azul contidos no verde, como forças mantidas em xeque, podem voltar a ser atuantes. Há no verde uma possibilidade de vida que falta totalmente no cinzento.”
Ervilhas com molho de tahine, zahtar e hortelã
prepare o molho de tahine:
60g tahine
1 1/2 cS suco de limão
1 dente de alho ralado
sal
3 ou 4 cS água
misture os ingredientes, batendo bem com um garfo ou um pequeno fouet. Regule a textura com a água. Como as ervilhas são delicadas, deixe o molho molinho e suave.
Sirva com as ervilhas cozidas e temperadas com zahtar. Espalhe folhas de hortelã e regue com azeite de oliva.
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