03 maio 2020
Somos feitos do mesmo pó das estrelas: Denebola
Mais uns passinhos e no grau 21 do signo de Virgem a Lua passa pela estrela fixa Denebola, da cauda do Leão.
O leão está sempre associado ao brilho e à realeza mas Denebola é de natureza de Saturno e Marte e portanto se associa também à secura e, como diz o clichê, ao reinado de terror. O Leão que aterrorizava a região de Nemeia era muito maior que um leão comum, e seu couro era blindado. Ele era ligado (há versão do mito que traz como filho, outra traz como irmão) dos monstros Cérbero e Quimera.
Pode estar relacionada com ascensão e queda, a depender de outros aspectos do mapa.
Em um curso de comida indiana, de um restaurante que eu gostava, aprendi a fritar as especiarias antes de juntá-las ao preparo. A masala básica levava cominho e mostarda em grãos. O cominho era o primeiro a ir para o óleo quente e depois a mostarda. E o cominho ficava bem queimadinho, pretinho e deixava um amargo, que é parte do sabor do prato. Com o passar dos anos me esqueci disso e passei a deixar o cominho só tostadinho, como os outros. Ontem, buscando Denebola na cozinha, acabei me lembrando. O retrogosto do queimadinho puxando Marte e Saturno, na lembrança de cada ataque a Nemeia.
Mas fica bom.
Já tenha um creme pronto, de lentilhas, de grão de bico, couve flor ou o que preferir. Temperado só com sal. A gente vai fazer como temperar feijão.
Em uma frigideira, aqueça manteiga vegetal e quando estiver quente coloque o cominho. quando ele estiver tostadinho, adicione mostarda em grãos. A mostarda vai estourar como pipoca, controle com uma tampa. Quando os estouros estiverem parando, apague o fogo e junte coentro em pó... confesso que eu esqueci a lista de especiarias mas o que importa é cominho queimadinho. Coloque o que gostar porque as masalas são assim mesmo.
Adicione ao creme.
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