25 maio 2020

Lua em Câncer, Gêmeos em matinée

 foto Regiane Bresan

                 Segunda feira é dia da Lua e ela sonha é com a matinée de domingo. O que que foi aquilo? Todos os jovens na casa de Mercúrio, as ideias e os olhos não param!, e tantos braços, música, tantas pernas. Marte quadrava, de fora, Saturno cuidava, de fora.
                 Desde que, lá mesmo, beijou o Sol, a Lua ficou sanguínea, quente e úmida, e agora bem que queria mais aconchego nos seus braços de deus, mas o Sol está soltíssimo na pista geminiana do Mercúrio; Vênus rodopiando entre eles, parecem uns periquitos. Isso pelo menos até o dono da casa passar pro signo de Câncer e a casa perigar ficar com aquele ranço de fim de festa; e o Sol ainda por cima vai levar uma bela quadratura da Lua então friíssima.
                 Calma, pensamento! Já foi lá longe! Que dia é hoje? Ninguém mais sabe desde que o mundo parou. É segunda-feira. É 1976? Nossa, 1976 foi há mil anos. A Lua está em casa, só vê Marte que a espeta por trígono e Júpiter que a encara da oposição, e entre um turbilhão de sensações que a tomam, um fiapinho de calor solar, e saudade da matinée.

Oh, I love to love
But my baby just loves to dance, he wants to dance
He loves to dance, he's got to dance
Oh, I love to love
But my baby just loves to dance



Stop I'm spinning like a top
We'll dance until we drop
But if I had my way
Sundown instead of going downtown
We'll stay at home and get down
To what I'm tryin' to say
I love to love
But my baby just loves to dance yes he does
I love to love
But my baby just loves to dance, yes he does
I love to love
But my baby just loves to dance yes he does


Nenhum comentário: