02 outubro 2018

Patê da Lua




Nessa madrugada de Lua domiciliada a chuva lavou a cidade. Coisa boa! Na hora é até um pouco assustador sentir aquela potência! É muito comovente sentir esse temor ancestral e ver o dia amanhecer pacifico, silencioso. Aqui estamos, afinal nutridos por toda essa ancestralidade; cada lugar do seu jeito, se alimentando de suas próprias memórias.

Eu trouxe como patê Lua em Câcer pós tempestade, o inhame, que veio com os primeiros africanos que chegaram aqui, arrancados (ambos) de sua terra-mãe. Considero o iname lunar (além de seu corpo braço e úmido) ainda porque tem nutrientes que facilitam a ovulação e portanto a fertilidade. E como ele recebe bem os sabores! Aqui fiz com o óleo da conserva para ♋, mas com azeite de oliva puro já fica bom, com azeitona fica bom, com ervas fica bom, com pimenta fica bom...! Coração de Mãe 💝

Patê Fico-branca-como-a-neve: processar inhame cozido, polvilho azedo, sal, azeite de oliva (ou outro pra variar o sabor), um pouco de água se necessário e temperos. Nesse usei azeite do alho confitado e pimenta do reino. 🌙

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