O meu pensamento, pouco tempo depois do fogo aceso, era "não sei o que está mais gostoso, o cheiro da abóbora, o da baunilha ou o da cachaça". É uma cachaça boa que está na panela, uma cachaça bem branquinha, jovem, segundo o amigo que a recomendou.
Então o doce foi ficando mais com cara de doce, os perfumes começaram a se misturar, e o ar da cozinha começou a ficar embriagante. Eu não tinha me dado conta quando escolhi, mas ali estão elementos femininos bastante fortes: o doce de abóbora, preparo tão aconchegante da história da nossa culinária, uma generosa de dona Benta, acrescentando mais um cravinho para que fique mais gostoso; está também a baunilha, em fava, de uma meninice tão delicada, sonhadora; e está a cachaça, jovem, louca, inconsequente.
Há pouco a agressividade do alcool já tinha se evaporado, os elementos e símbolos todos se juntarm, o doce amadureceu.
Falta apurar um pouco, mas está lindo!
Presentes - e passados e futuros - do fazer culinário.
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