"Que ocupação maravilhosa é entrar num café e pedir açúcar, açúcar e outra vez, três ou quatro vezes açúcar, e ir formando um monte no meio da mesa, enquanto cresce a fúria nos balcões e debaixo dos aventais brancos, e exatamente no meio do monte de açúcar cuspir suavemente e espiar a descida da pequena geleira de saliva, escutar o barulho de pedras quebradas que o acompanha e que nasce nas gargantas contraídas de cinco fregueses e do patrão, homem honesto em certas horas."
In: CORTÁZAR, Julio. Histórias de Cronópios e de Famas.
20 março 2011
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