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“Primeiro contato com o Shôjin brasileiro. No Mosteiro Morro da Vargem, no Espírito Santo, os monges comiam o que havia por lá. Arroz plantado no sopé da montanha pela família que ali vivia. Faziam mutirões para ajudar no plantio ou na colheita e recebiam arroz como doação. Mutirão de farinha, mutirão de rapadura. Fruta que tinha muita era jaca.
Às vezes, serviam jaca assada, jaca cozida, jaca à milanesa. Caroço de jaca assado, cozido, torrado e feito farinha. Também tinha muita banana, e a banana sofria modificações, virava passas, torta ou farinha. Os monges também colhiam mel e este era um alimento bastante usado em algumas refeições. Mel com farinha de mandioca, hum!!!
A horta tinha muita verdura. Havia uma plantação de inhame e muitas folhas de taioba. Tinha milho que virava uma massa de pizza deliciosa, com molho de tomate da horta e queijo produzido ali mesmo com leite da vaca que era criada pelos monges.
Reinava a criatividade. Imagine! O soro do leite misturado com farinha de mandioca resultava numa papa muito saborosa, geralmente temperada com sal e ornamentada com deliciosos e lindos galhos de erva-doce, colhida ali mesmo, bem fresquinha. Esse era o Shôjin estilizado, adaptado à realidade daquele maravilhoso momento do Mosteiro.”
In: Monja Gyoku En. O Zen na cozinha: princípios da culinária Shôjin. São Paulo: Sustentar, 2008
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