O alho olhava
pela fresta da cesta
aquela cebolinha
livre e solta, parada
na mesa da cozinha,
na certa, recém
chegada da feira.
Com seus dentes
cerrados,
sonhava em descascá-la,
apalpá-la, lambê-la.
Com cheiros de amor,
recolheu seus desejos
suado de cores e traços,
pois sabia ele
que a divina cebolinha
era doutora
em fazer chorar
a cada partida.
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